7.11.16

Dás o que tens e o que não tens.




Dás o que tens e o que não tens. Poupas aquele de quem tanto gostas das verdades, por respeito à sua dor. Abres os braços como se o abraço que se segue curasse tudo e o retorno fosse uma promessa para ficar. Não é. Mas ninguém nos ensina isso. Achas que fizeste o melhor, mas o silêncio do outro diz-te que não foi suficiente. E foi assim que mais um partiu, que te deixou. Os amores não serão sempre eternos. Quem nos amou um dia pode vir a amar-nos menos num outro, e isso não diminui o passado – mais uma coisa que não nos ensinam. Nem sempre valerá a pena dar um passo atrás para buscar alguém que nem tão pouco pediu para abrandares, para teres paciência, para esperares. E isso também não significa que o sentimento é mais pequeno ou que esse alguém não nos faz falta. Haverá sempre perdas do quotidiano, entre os que de repente se cruzam e os que, contra todas as expectativas, se deixaram de cruzar. Vai haver sempre saudade e, em tantos casos, um cansaço maior para a matar. Vais perceber que nunca conheces realmente uma pessoa, e que só te resta pedir sorte quando a guardas no coração. Já que seria triste demais não acreditar em nada e em ninguém. Percebes que as relações são sempre às cegas e que os sentimentos são um tiro no escuro, são sempre um tiro no escuro. Mas… merda! Nunca ninguém nos ensina nada sobre isso.

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