15.6.16

Fazemos o que podemos para esquecer.


Fazemos o que podemos para esquecer. Saímos, ficamos em casa, conhecemos novas pessoas, reatamos companhias antigas. Rimos, choramos, escrevemos, falamos…sobre tudo o que nos vai na alma ou sobre tudo menos disso. Focamos no trabalho, nos projetos, nos sonhos. Dançamos como nunca dançamos antes, resguardamo-nos, visitamos o mar, rezamos…uns pela fé que têm outros pela que passaram a ter. Mentimos sem nos tornarmos mentirosos, revelamos verdades que jurámos nunca revelar. Cantamos no carro, em casa, no chuveiro – esperando que a água nos leve mais do que é superficial. Ouvimos as músicas mais tristes e fingimos não entristecer. Desejamos outros corpos ou cremos em não querer mais ninguém. Porque não é no amor que vale tudo, mas sim no momento em que tentamos esquecer.

Então não julgues conhecê-la quando a vês. Sabes lá o que no fundo pode estar ela a tentar fazer.

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