4.7.16

Quando rodas a faca que te cravaram no peito...

Quando rodas a faca que te cravaram no peito não é falta de amor-próprio, é o desejo insano de querer matar a esperança. Não é estando longe, não vendo nem sentindo, pois nesse espaço em que pensas tudo aquilo que quiseres há sempre um qualquer otimismo que te afasta da realidade. Para matar a esperança tens que ver com os teus próprios olhos a indiferença, sentir a distância de quem está tão perto, ouvir outros nomes que já não o teu. Nesse rodar de faca vais sorrir e soltar gargalhadas pois não há sentimento que não tenha a sua própria antítese, nem coração que não tenha uma força maior. Só depois deste confronto é que faz sentido o afastamento, as poucas palavras trocadas, o “chega! não quero mais ver”. Vais embora curar as feridas, pedir ao mundo que tenha alguma piedade e ao destino alguma compaixão.

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